Metallica e Death Magnetic: a volta de um gigante adormecido!

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     O título do post se refere à descrição dada por um editor da revista Rolling Stone, mais ou menos assim: “Death Magnetic é o equivalente musical da invasão da Geórgia pela Rússia, um repentino ato de agressão de um gigante adormecido”. 

     A terceira fase do Metallica, conforme eu disse na crítica do Black Album, não teve continuidade, graças aos Deuses do Rock. Caso à parte, St. Anger é, com certeza, o pior disco da banda, e este novíssimo, recém saído do forno, intitulado Death Magnetic é um dos melhores. Pessoalmente, acredito que esta seja uma das obras-primas da banda.

     O ritmo do disco é eletrizante, pesado, agressivo e rápido do início ao fim, relembrando os bons tempos da banda. Sem se preocupar em nenhum instante com o rótulo comercial das músicas, o que evidentemente não é mais necessário para a banda, Death Magnetic é um dos melhores discos da década.

     Kirk Hammet retoma as rédeas da guitarra, apresentando o que sabe de melhor, ou seja, os seus solos, o que no disco anterior não compareceu em quase nenhuma música, além dos inúmeros riffs de muita qualidade que dão personalidade ao álbum. James Hetfield volta a cantar bem e Lars Ulrich retorna às origens com uma bateria de verdade, nada parecida com os latões de St. Anger. Destaque também para o novato da banda, o baixista Robert Trujillo, que manda muito bem na sua participação.  

     Apesar da seqüencia das músicas ser muito bem escolhidas, algumas hão de ser destacadas. The End of the Line e All Nightmare Long são sufocantes e possuem presença, característica de clássicos como Enter Sandman. The Day That Never Comes é a melhor faixa, relembrando o estilo da balada sangrenta One, com um ritmo inicialmente “suave” e terminando entre solos de guitarra e bateria que nos fazem dar uma salva ao fim de uma seqüência alucinante. The Unforgiven III é uma balada metaleira contemporânea, digna de trilha de filmes. Por fim, a instrumental Suicide & Redemption nos faz transpirar sob riffs e solos intermináveis.

     Concluindo, depois de 17 anos, o Metallica nos presenteia com um disco à altura da banda, sem desmerecer os trabalhos da década de 90, entre eles Load (1996) e Reload (1997). Death Magnetic é um suspiro do Metal frente a experimentos mal-sucedidos e infelizes das bandas de hoje em dia e um prazer sem palavras para os fãs dessa imortal banda.

     A espera não foi em vão: Metallica’s Die Hard!

     Avaliação: 9

Ficha Técnica:

Metallica – Death Magnetic (2008)

Integrantes: James Hetfield (vocal e guitarra base), Kirk Hammet (guitarra solo), Rober Trujillo (baixo) e Lars Ulrich (bateria).

01 – That Was Just Your Life
02 – The End of the Line
03 – Broken, Beat & Scarred
04 – The Day That Never Comes
05 – All Nightmare Long
06 – Cyanide
07 – The Unforgiven III
08 – The Judas Kiss
09 – Suicide & Redemption
10 – My Apocalypse

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